Quem doa sangue doa uma nova oportunidade de vida
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são realizadas 92 milhões de doações de sangue por ano em todo o mundo. Uma única doação pode salvar até 4 vidas. No Brasil, segundo a OMS cerca de 1,9% dos brasileiros doam sangue regularmente. Este número está dentro dos parâmetros definidos pela OMS, contudo é preciso melhorar.
Em tempos de pandemia os bancos de sangue estão sendo monitorados e já apresentam uma diminuição nos estoques de bolsas. O Ministério da Saúde orienta que as doações não devem parar. Segundo a Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), os postos de coleta de sangue já tiveram uma queda de 30%.
As coletas são realizadas em ambiente hospitalar, portanto essa diminuição pode ser explicada pelo medo do doador se expor ao risco e acabar se contaminando com o COVID-19. É essencial que as pessoas saudáveis doem sangue, a necessidade é diária e o sangue não se compra, não se vende e é fundamental para atender tanto os pacientes de doenças hematológicas assistidos nas unidades da própria instituição, quanto os que estão nos hospitais à espera de transfusão.
Pensando na segurança de todos, novas regras foram implantadas para evitar aglomerações. Desde o dia 13 de abril quem quiser fazer a doação deve agendar um horário no site da Fundação Pró-Sangue. Os cuidados com a higienização foram intensificados pelos hemocentros, lavagem de mãos, uso de antissépticos e higienização de instrumentos e superfícies.
Quais os cuidados para a doação
Além das medidas de higienização que já estão sendo adotadas, indivíduos que apresentaram sintomas respiratórios e febre nos últimos 30 dias não podem realizar qualquer tipo de doação.
Doadores que estiveram em contato com algum paciente com covid positivo ou apresentou sintomas, não poderá fazer a doação de sangue por um período mínimo de 14 dias.
Durante a doação, o doador e o profissional da saúde devem manter a distância necessária para diminuir os riscos e uma possível contaminação no local.
Para doar sangue na pandemia
- Estar saudável sem sintomas de gripes, resfriados ou com tosse nos últimos 30 dias
- Pesar mais de 50kg
- Ter entre 16 e 59 anos – Idosos devem aguardar o fim do isolamento social
- Não ter tido hepatite após os 11 anos
Demais critérios para a doação
- Estar alimentado (não ingerir alimentos gordurosos antes da doação)
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Apresentar documento de identificação com foto emitida por órgão oficial (carteira de identidade, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho, passaporte, registro nacional de estrangeiro, certificado de reservista e carteira profissional emitida por classe).
Impedimentos temporários
- Estar grávida.
- Pós-parto: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana.
- Impedimento de 12 meses no período que a mulher estiver amamentando.
- Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
- Tatuagem / maquiagem definitiva nos últimos 12 meses.
- Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.
- Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc): aguardar 6 meses.
- Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias.
- Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas.
- Acupuntura: se realizada com material descartável: 24 horas; se realizada com laser ou sementes: apto; se realizada com material sem condições de avaliação: aguardar 12 meses.
- Vacina contra gripe: por 48 horas.
- Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões.
- Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster).
- Brasil: estados como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são locais onde há alta prevalência de malária. Quem esteve nesses estados deve aguardar 12 meses para doar, após o retorno.
- EUA: quem esteve nesse país deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno.
- Europa: quem morou na Europa após 1980, verificar aptidão para doação no (11) 4573-7800.
- Malária: quem esteve em países com alta prevalência de malária deve aguardar 12 meses após o retorno para doar. (critério semelhante ao dos estados brasileiros com prevalência elevada de malária).
- Febre Amarela: quem esteve em região onde há surto da doença deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno; se tomou a vacina, deve aguardar 04 semanas; se contraiu a doença, deve aguardar 6 meses após recuperação completa (clínica e laboratorial).
Critérios definitivos de impedimento
- Ter passado por um quadro de hepatite após 11 anos;
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e Doença de Chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis.
Intervalo entre as doações
- Homens: 2 meses (máximo de 4 doações no período de 1 ano).
- Mulheres: 3 meses (máxima de 3 doações no período de 1 ano).
Onde e como doar
As doações de sangue podem ser feitas na Fundação Pró-Sangue. Para doar é necessário agendar através do site: http://www.prosangue.sp.gov.br/home/Default.html
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155 – 1° andar – Cerqueira César, São Paulo – SP, 05403-000
Telefone: ALÔ PRÓ-SANGUE
(11) 4573-7800
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Fontes:
https://www.medicina.ufmg.br/quem-pode-doar-sangue-durante-a-pandemia/
https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/doesangue/#porquedoar